Brasil deverá acrescentar 13,2 GW em energia solar em 2025
- solaruxenergia
- 18 de dez. de 2024
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País adicionará 8,5 GW na geração distribuída e 4,6 GW na geração centralizada ao longo do próximo ano, projeta Absolar.

O Brasil deverá acrescentar 13,2 GW de capacidade instalada de energia solar em 2025, conforme projeção da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). O número se divide em 8,5 GW na geração distribuída, modalidade composta por pequenas e médias instalações residenciais e comercias, e 4,6 GW na geração centralizada, segmento referente as usinas de grande porte.
Segundo a entidade, esse crescimento equivale a mais de R$ 39,4 bilhões em investimentos, além da criação de 396,5 mil empregos e uma arrecadação de R$ 13 bilhões aos cofres públicos. Caso a estimativa se confirme, a fonte chegaria ao final do próximo ano com um total acumulado de mais de 64,7 GW, com 43 GW provenientes da geração distribuída e 21,7 GW da geração centralizada.
O setor solar brasileiro deve encerrar 2024 com acréscimo de 13,6 GW, superando a projeção inicial da Absolar, que era de 9,3 GW. Com esse desempenho, a tecnologia superou o 50 GW de potência operacional no país.
“O ano de 2024 encaminha-se para um resultado recorde. Em 2025, diante de um cenário de incerteza, vemos uma estabilidade no crescimento, mas que segue robusto”, declarou o CEO da associação, Rodrigo Sauaia, durante o Encontro Nacional Absolar, realizado em São Paulo (SP) na quarta-feira passada (11/12).
Desafios
A projeção da Absolar levou em conta fatores econômicos, políticos e desafios para o setor. No cenário macroeconômico, foram destacados os seguintes elementos:
Depreciação do real frente ao dólar
Tendência de aumento da taxa básica de juros
Risco de aumenta de aumento da inflação
Aumento das tarifas de energia
Custo de capital
Aumento do imposto de importação de painéis solares
Foram elencados os seguintes desafios para o mercado brasileiro de energia solar:
Alegações de inversão de fluxo de potência
Cortes de geração em grandes usinas solares
Necessidade de expansão da infraestrutura de transmissão e distribuição
Preço baixo da energia elétrica no mercado livre de energia
Em relação às alegações de inversão de fluxo de potência, a associação defende a aprovação do Projeto de Lei nº 624/2023, que institui o Programa Renda Básica Energética (REBE). O texto atualiza a Lei nº 14.300/2022, corrigindo restrições de conexão às redes de distribuição.
Outra prioridade é o cálculo dos benefícios e custos da geração distribuída, pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), seguindo as diretrizes publicadas pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), pela Resolução CNPE nº 002/2024. Tais diretrizes estão em linha com a determinação da Lei nº 14.300/2022, que estabelece que todos os benefícios da modalidade sejam corretamente identificados, calculados e incorporados nas análises.
Sauaia destacou que, mesmo diante dessas turbulências, a energia solar foi a fonte que mais cresceu no país em 2024 e que essa realidade deve se repetir em 2025. “Não será um ano fácil, mas, apesar dos desafios, acreditamos que iremos registrar um desempenho positivo.”
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